• Formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
  • Residência de Neurocirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte.
  • Fellow em Radiocirurgia e Neurocirurgia Funcional pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) EUA.
  • Neurocirurgião do Corpo clínico do Hospital Sirio Libanês e Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
  • Autor do Neurosurgery Blog
  • Autor de 4 livros
  • Colaborador na criação de 11 aplicativos médicos.
  • Editor do Canal do YouTube NeurocirurgiaBR
  • Diretor de Tecnologia de Informação da Associação Paulista de Medicina (APM) 
  • Delegado da Associação Médica Brasileira (AMB)

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Meningioma e seus 3 tipos: conheça a fundo esse tumor! Dr. Julio Pereira – Neurocirurgião São Paulo – Neurocirurgião Beneficência Portuguesa.

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Os meningiomas são os tumores primários mais comuns que surgem no sistema nervoso central. Esses tumores se originam das meninges, as camadas de membranas protetoras que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Os meningiomas são geralmente de crescimento lento e benignos, mas alguns podem ser agressivos e malignos. Eles são classificados em vários tipos com base em suas características histológicas, localização e comportamento biológico. Entender os diferentes tipos de meningioma é crucial para determinar o tratamento adequado e prever o prognóstico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os meningiomas em três graus: grau I (benigno), grau II (atípico) e grau III (anaplásico ou maligno). Os meningiomas de grau I são o tipo mais comum, representando cerca de 80% de todos os meningiomas. Eles são de crescimento lento e têm baixo risco de recorrência após a ressecção cirúrgica. Os meningiomas de grau I são ainda subclassificados em vários subtipos histológicos, incluindo meningotelial, fibroso, transicional, psammomatoso e angiomatoso. Esses subtipos têm características microscópicas distintas, mas seu comportamento clínico é geralmente semelhante.

Os meningiomas de grau II, também conhecidos como meningiomas atípicos, representam cerca de 15-20% de todos os meningiomas. Eles têm uma taxa de crescimento mais alta e uma maior probabilidade de recorrência em comparação com os meningiomas de grau I. Os meningiomas atípicos exibem características celulares aumentadas, como atividade mitótica proeminente e atipia nuclear. Alguns subtipos histológicos específicos, como o meningioma cordoide e de células claras, são automaticamente classificados como grau II devido ao seu maior potencial de comportamento agressivo. Os meningiomas de grau II podem exigir radioterapia adjuvante após a cirurgia para reduzir o risco de recorrência.

Os meningiomas de grau III, também chamados de meningiomas anaplásicos ou malignos, são o tipo menos comum, representando apenas 1-3% de todos os meningiomas. Esses tumores são agressivos e de crescimento rápido, com uma alta probabilidade de invadir o tecido cerebral adjacente e fazer metástase para outras partes do corpo. Os meningiomas anaplásicos exibem características histológicas de malignidade, como necrose extensa, invasão cerebral e um alto índice proliferativo. Os subtipos histológicos específicos, como o meningioma rabdoide e papilar, são considerados de grau III. O tratamento de meningiomas de grau III geralmente envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Além da classificação histológica, os meningiomas também podem ser classificados com base em sua localização no sistema nervoso central. As localizações comuns incluem convexidade (sobre a superfície do cérebro), parassagital (ao longo do seio sagital superior), asa esfenoide (atrás dos olhos), fossa posterior (parte de trás do cérebro) e medula espinhal. A localização do meningioma pode afetar os sintomas apresentados, a abordagem cirúrgica e o risco de complicações. Por exemplo, os meningiomas localizados perto de estruturas cerebrais críticas, como o tronco cerebral ou os nervos ópticos, podem representar desafios cirúrgicos significativos e apresentar um risco maior de déficits neurológicos. Em resumo, os meningiomas são um grupo diversificado de tumores que podem variar significativamente em seu comportamento biológico e prognóstico. A classificação histológica, com base nos critérios da OMS, e a localização dentro do sistema nervoso central são fatores cruciais que orientam as decisões de tratamento e ajudam a prever os resultados.